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Empresas absorvem BTC 4× mais rápido do que ele é minerado

há 42 minutos

Como a demanda institucional está reduzindo a oferta de Bitcoin e abrindo espaço para valorização

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Até pouco tempo atrás, a oferta diária de novos Bitcoins era o principal fator limitante para o crescimento do mercado. Em 2025, isso mudou drasticamente: a demanda de empresas, ETFs e governos supera em até quatro vezes o que os mineradores conseguem produzir. Essa dinâmica aponta para um possível choque de oferta, o tipo de situação que historicamente impulsiona ativos raros — como o ouro digital — a valorizarem fortemente.

Neste artigo, você vai entender quem está comprando tanto Bitcoin, por que a produção do ativo está mais limitada do que nunca e como esse cenário pode impactar o futuro do BTC — e da sua carteira.

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Os números da demanda: quem está comprando tanto BTC?

Segundo dados da River, empresas privadas e de capital aberto compram, em média, 1.755 BTC por dia em 2025. Isso é quase quatro vezes mais do que os 450 BTC gerados diariamente pela mineração, após o halving de abril de 2024.

Essa dinâmica também ocorre com outros veículos institucionais: ETFs absorvem mais 1.430 BTC por dia, enquanto governos compram breves 39 BTC. Somando tudo, temos mais de 3.200 BTC comprados diariamente. (Cointelegraph)

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A oferta limitada pós-halving: BTC escasso por natureza

O Bitcoin foi criado com uma política monetária rígida: seu fornecimento total é limitado a 21 milhões de unidades. A cada quatro anos, a emissão de novos bitcoins cai pela metade em um evento chamado halving — e o último ocorreu em abril de 2024.

Antes disso, os mineradores recebiam 900 BTC por dia. Agora, são apenas 450 BTC/dia, uma redução drástica em meio ao aumento da demanda.

Essa escassez programada torna o Bitcoin o ativo financeiro mais previsível em termos de oferta — algo que nenhum outro ativo, nem mesmo o ouro, consegue oferecer com tamanha transparência.

Empresas como a Strategy estão “secando” o mercado

A Strategy (nova identidade da antiga MicroStrategy), comandada por Michael Saylor, é hoje a maior detentora corporativa de BTC do mundo. Em 2025, a companhia já acumula mais de 632.457 BTC em sua tesouraria, o equivalente a quase 3% de todo o suprimento máximo da moeda.

Com um valor de mercado superior a US$ 76 bilhões em BTC, a empresa representa um novo modelo de gestão de caixa — baseado não em dólares, mas em uma reserva digital resistente à inflação.

Saylor descreve o BTC como “ouro digital turbinado” e afirma:

“Estamos convertendo ativos depreciativos em uma reserva digital que tende a valorizar ao longo do tempo.” (CNBC)

Esse modelo inspirou empresas brasileiras como a Méliuz, que em 2025 anunciou ter alocado R$ 158 milhões em BTC — e viu suas ações subirem mais de 100% em três meses após a decisão.

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Choque de oferta: um catalisador ignorado?

Quando mais ativos são retirados do mercado do que são adicionados, cria-se uma situação de escassez acelerada. Esse é o caso atual do Bitcoin.

Além da oferta limitada pós-halving, temos um declínio acentuado nas reservas de BTC nas exchanges, hoje em mínimas não vistas há anos.

Esse ambiente é fértil para o chamado choque de oferta — um gatilho técnico e psicológico que pode impulsionar fortemente o preço, conforme os investidores disputam os poucos BTC ainda disponíveis.

Mesmo que muitas compras institucionais sejam feitas via mercado de balcão (OTC) — fora das exchanges e, portanto, sem impacto direto no preço — a consequência final é a mesma: menos liquidez disponível no mercado spot.

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Investidores de varejo transferem BTC para instituições

Enquanto instituições compram avidamente, o fluxo líquido de indivíduos está negativo: cerca de –3.196 BTC por dia. Mas isso não significa que investidores comuns estão vendendo em massa. Segundo a própria River, esse número reflete transferências de BTC para carteiras institucionais ou custodiais — indicando, na verdade, um movimento de consolidação e reclassificação.

Em outras palavras, a posse do Bitcoin está migrando, em larga escala, do varejo para instituições. Isso pode representar uma maturidade crescente do mercado — mas também uma oportunidade que está se tornando cada vez mais inacessível ao pequeno investidor.

O que isso significa para o investidor hoje?

Esse movimento institucional massivo de acumulação tem implicações claras:

A lição para o investidor individual é simples: o tempo para se posicionar com tranquilidade pode estar acabando. Quanto mais empresas e fundos compram BTC, menos sobra para o investidor comum — e mais difícil se torna entrar com bons preços.

Conclusão

A demanda institucional em ritmo acelerado, unida à redução da produção mineradora, cria uma dinâmica de escassez estrutural de Bitcoin no mercado. Com reservas em exchanges em queda livre, estamos diante de um cenário que pode desencadear um choque de oferta — reflexo do BTC cumprir seu papel de “ouro digital”.

Essa configuração reforça que o Bitcoin não é apenas ativo especulativo, mas uma classe de investimento estratégica em reserva de valor. E para aproveitar essa oportunidade com segurança e controle, a 4Pay oferece a solução ideal: compra direta na blockchain, sem custódia de terceiros, com facilidade e autonomia.


Fontes

https://coinmarketcap.com/

https://cointelegraph.com/news/businesses-absorbing-btc-4x-faster-mined

https://river.com/research/reports/

https://strategy.com/purchases

https://valor.globo.com/financas/criptomoedas/noticia/2025/06/23/mliuz-compra-r-1583-milhoes-em-bitcoin-aes-sobem-mais-de-111-pontos-percentuais-em-trs-meses.ghtml